Terça-feira, 15 de Maio
No Seu poderoso discurso sobre o tempo do fim, Cristo mencionou “a abominação da desolação” (Mateus 24:15), uma imagem do livro de Daniel (Daniel 9:27; 11:31; 12:11).
Quando algo era uma transgressão grave da Sua lei, Deus declarava que era “abominável”, como a idolatria (Deuteronômio 27:15) ou as práticas sexuais imorais (Levítico 18:22). Por isso, a “abominação desoladora” envolvia um certo tipo de apostasia religiosa.
5. Leia Mateus 24:15 e Lucas 21:20. A que Se referiu Jesus quando falou sobre a “abominação desoladora”? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Ao sofrimento causado pela seca, falta de alimentos e doenças.
B.( ) À destruição de Jerusalém.
Estes dois textos deixam claro que a profecia de Jesus inclui, num sentido mais imediato, a terrível destruição que viria sobre Jerusalém em 70 d.C., quando a Roma pagã destruiria não apenas a cidade, mas também o templo sagrado.
No entanto, há um segundo cumprimento para esta profecia, em que os eventos mais imediatos, como a destruição de Jerusalém, constituem um tipo do futuro, os eventos finais. “Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo endurecido na incredulidade e rebelião, e apressando-se ao encontro dos juízos retribuidores de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 22).
Em Daniel 12:11 e 11:31, a “abominação desoladora” aparece relacionada à última fase de Roma, o período papal, no qual foi estabelecido um sistema alternativo de mediação e salvação, e que busca usurpar o que Cristo fez e está a fazer por nós hoje no santuário celestial.
Daniel 8, especialmente os versos 9 a 12, coloca estes eventos no seu contexto histórico, dividindo o poder romano em duas fases. A primeira fase, vista na rápida expansão horizontal do chifre pequeno (Daniel 8:9), mostra o vasto império da Roma pagã. Na segunda fase (Daniel 8:10-12), o chifre pequeno cresce verticalmente, lançando por terra algumas estrelas (perseguindo o povo de Deus) e engrandecendo-se até ao “príncipe do exército” (Daniel 8:11), Jesus. Esta fase representa o período papal, que surgiu da queda do Império Romano pagão, mas continua a ser Roma. É por isso que um único símbolo, o chifre pequeno, representa ambas as fases do mesmo poder. O juízo em Daniel 7:9, 10, a purificação do santuário em Daniel 8:14 e os sinais no céu em Mateus 24 – todos indicam a intervenção de Deus em favor do Seu povo nos últimos dias.
