Sexta-feira, 15 de Novembro
Leia de Ellen G. White: “Abra o Coração a Deus” em Caminho a Cristo, p. 37-41
Em Neemias 9:25, os hebreus falaram sobre como os seus antepassados “viveram em delícias” pela “grande bondade” de Deus. A raiz verbal da frase “viveram em delícias” aqui é a mesma do nome Éden, como aparece em “jardim do Éden” (Génesis 2:15). Talvez, a melhor tradução seria “eles se edenizaram”, caso edenizar fosse um verbo.
Afinal de contas, o evangelho é restauração. Pode haver um símbolo melhor do que o Éden para representar aquilo em que seremos restaurados? Deus levantou o povo hebreu e trouxe-o a um lugar estratégico do mundo antigo para criar a imagem mais próxima do Éden que podia existir numa Terra caída. Mesmo depois do cativeiro e do regresso, este potencial ainda estava ali. “Porque o Senhor tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden” (Isaías 51:3).
O povo desfrutou das bênçãos que o Senhor lhes tinha prometido, as quais, num mundo caído, relembravam a abundância do Éden. E, tudo bem, eles deviam desfrutá-las. Deus criou o mundo físico de maneira que o ser humano pudesse usufruir dele, e o antigo Israel, abençoado por Deus, também se deleitou com ele. O seu pecado não estava em “edenizar-se” pela grande bondade de Deus, mas em esquecer-se do Senhor (Ezequiel 23:35), de cuja bondade os israelitas estavam a desfrutar. As bênçãos tornaram-se um fim em si mesmas, e não um meio para revelar Deus aos que estavam ao redor.
Perguntas para discussão:
1. Em Mateus 13:22, o que quis Jesus dizer com “a fascinação das riquezas”, e como se relaciona isto com a oração de confissão que estudamos nesta semana?
2. Medite na doutrina da criação. Na oração de Neemias 9, o povo falou, numa sequência imediata, sobre o Senhor como Criador e Mantenedor. O que revela isto sobre a importância fundamental desta doutrina para a nossa fé?
3. Como podemos ter equilíbrio entre reconhecer a nossa pecaminosidade e, ao mesmo tempo, evitar que Satanás use isso para nos desanimar, de maneira que abandonemos a fé?
