31.7.18

A Visita de Ananias

Terça-feira, 31 de Julho


Quando percebeu que estava a falar com o próprio Jesus, Saulo fez a pergunta que daria a Cristo a oportunidade que Ele estava à espera: “Que farei, Senhor?” (Atos 22:10). A pergunta indica contrição por causa das suas ações até aquele momento; porém, mais importante ainda, ela expressa uma disposição incondicional de que Jesus guiasse a sua vida a partir daquele momento. Levado a Damasco, Saulo devia aguardar instruções adicionais.

Em Atos 9:10-19, a Bíblia revela como o Senhor atuara para preparar Saulo de Tarso para a sua nova vida como o “apóstolo Paulo”. Numa visão, Jesus incumbiu Ananias de visitar Saulo e colocar as mãos sobre ele para que a sua visão fosse restaurada. Ananias, no entanto, já sabia quem era Saulo, como também sabia quantos irmãos já tinham sofrido e até perdido a vida por causa dele. De igual maneira, ele entendia muito bem porque Saulo estava em Damasco e, com certeza, não queria tornar-se na sua primeira vítima ali. A hesitação de Ananias é perfeitamente compreensível.

Entretanto, Ananias não sabia que Saulo acabara de ter um encontro pessoal com Jesus, o que mudaria a sua vida para sempre. Ele não sabia que, em vez de continuar a trabalhar para o Sinédrio, Saulo – para o espanto de Ananias – tinha sido recém-chamado por Cristo para trabalhar para Ele. Isto significava que Saulo já não era um apóstolo do Sinédrio, mas um instrumento escolhido por Cristo para levar o evangelho a judeus e gentios.

3. De acordo com Gálatas 1:1, 11, 12, que reivindicação especial fez Paulo em relação ao seu ministério apostólico?

Em Gálatas, Paulo insistiu em dizer que tinha recebido a sua mensagem e o seu apostolado diretamente de Jesus Cristo, não de nenhuma fonte humana. Isto não contradiz necessariamente a função desempenhada por Ananias no seu chamado. Ao visitá-lo, Ananias apenas confirmou a comissão que Saulo já recebera do próprio Jesus na estrada de Damasco.

Na verdade, a mudança na vida de Saulo foi tão dramática que não lhe pode ser atribuída nenhuma causa humana. Somente a intervenção divina pode explicar como o mais obstinado adversário de Jesus pudesse, de repente, aceitá-Lo como Salvador e Senhor, abandonar tudo – convicções, reputação e carreira – e tornar-se o Seu apóstolo mais dedicado e produtivo.

A conversão de Saulo ilustra a atuação da graça. Embora duvidemos de que algumas pessoas aceitarão a verdadeira fé, o que aprendemos com a história de Saulo a respeito delas?