Sexta-feira
Em alguns textos do Antigo Testamento, a palavra “mordomo” não é traduzida de um único termo, mas da expressão asher al bayt, que significa “aquele que administra uma casa”. O texto de Gênesis 43:19 pode ser traduzido assim: “E se chegaram ao mordomo da casa de José, e lhe falaram à porta”. Se considerarmos que a família que reside na casa é parte da própria casa, então o que é mais valioso para uma pessoa do que a própria casa? Portanto, um mordomo é alguém a quem é confiado algo muito valioso que, no entanto, não lhe pertence. Em muitos aspectos, isto torna a responsabilidade ainda maior do que se o mordomo fosse responsável pelos próprios bens.
Esta mesma ideia continua no Novo Testamento, que “toma ideias do Antigo Testamento e as une às ideias, conceitos e palavras do primeiro século, enriquecendo e ampliando o ensino sobre mordomia. As palavras gregas mais comuns usadas em relação à mordomia são derivadas de oikos e oikia, “casa”. O oikonomos é aquele que cuida da casa: o mordomo ou o administrador. Oikonomia é o substantivo abstrato, “administração da casa”, cujo significado é muitas vezes muito mais amplo.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, 2012, p. 721-724)
Perguntas para discussão
1. Em vez de assumir a responsabilidade por ter comido o fruto proibido, o que disse Adão a Deus, diante da pergunta sobre o que ele tinha feito? (Veja Gênesis 3:12). Uma das primeiras atitudes provocadas pelo pecado foi a transferência da culpa para o outro! O que revela isto sobre a nossa própria atitude? Como evitar culpar os outros pelos nossos erros?
2. Reflita sobre a ideia de ser mordomo de coisas intangíveis, espirituais. O que significa isto? Como “administrar” estas coisas?
3. Pense nas três mensagens angélicas (Apocalipse 14:6-12). Recebemos a responsabilidade de ser mordomos destas verdades. Que verdades são estas?
4. É importante acreditar nas coisas espirituais que não compreendemos?