8.1.20

Decisão Firme

Terça-feira, 07 de Janeiro 

3. Em Daniel 1:7-20, vemos dois factores em acção: o livre-arbítrio de ­Daniel e a intervenção de Deus. Além disto, que princípio importante aparece no texto? 

Parece que os quatro cativos hebreus não se opuseram aos nomes babilónicos que lhes foram dados. Muito provavelmente, não havia nada que pudessem fazer quanto a isso, além de usar os seus nomes hebraicos entre si. Mas em relação à comida e ao vinho da mesa do rei, eles tinham certamente o poder de decidir consumi-los ou não. Portanto, a livre escolha dos quatro homens foi muito importante naquele momento. 

No entanto, se um oficial podia alterar os seus nomes, ele também podia alterar o cardápio. Há duas razões prováveis pelas quais os quatro não quiseram comer da mesa do rei. 

Primeiro, as refeições da mesa do rei podiam conter carnes imundas (Levítico 11). Em segundo lugar, a comida era oferecida primeiro à imagem do deus [babilónio] e depois enviada ao rei para o seu consumo. Portanto, quando Daniel, sem recorrer ao subterfúgio ou ao engano, deixou claro que o seu pedido tinha uma motivação religiosa, ou seja, a comida no palácio contaminaria a ele e aos seus amigos (Daniel 1:8), ele estava a ser muito corajoso. 

Quando analisamos a interação entre Daniel e o oficial babilónio, destacam-se alguns pontos importantes. Primeiro, Daniel parecia entender bem a difícil posição do oficial. Por isso, ele propôs um teste. Dez dias para o consumo das refeições alternativas deviam ser suficientes para demonstrar os benefícios da dieta e, assim, acabar com os medos do oficial. Segundo, a certeza de Daniel de que o resultado seria muito positivo em tão pouco tempo tinha origem na sua confiança absoluta em Deus. Terceiro, a escolha de uma dieta à base de vegetais e água aponta para a comida que Deus tinha concedido à humanidade na criação (veja Génesis 1:29), um facto que também pode ter influenciado a escolha de Daniel. Afinal, que dieta podia ser melhor do que a que Deus nos deu originalmente? 

Porque a livre escolha de Daniel foi tão importante a ponto de abrir o caminho para que Deus agisse (veja Daniel 1:9)? Que lições podemos extrair deste relato sobre a importância das nossas decisões? Como deve a nossa confiança em Deus impactar as nossas escolhas?