“’Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas’ (Mateus 6:14, 15). Maravilhosos termos! Mas quão pouco são compreendidos ou acatados. Um dos pecados mais comuns, e que é seguido dos resultados mais perniciosos, é a tolerância de um espírito não disposto a perdoar. Quantos não abrigam animosidade ou espírito de vingança, e então curvam a cabeça diante de Deus e pedem para serem perdoados assim como perdoam. Certamente não podem possuir o verdadeiro senso do que esta oração importa, ou não a tomariam nos lábios. Dependemos da misericórdia de Deus cada dia e cada hora; como podemos então agasalhar amargura e malícia para com o nosso próximo pecador! Se, em seus relacionamentos diários os cristãos aplicarem os princípios desta oração, que bendita mudança se operará na igreja e no mundo! Este seria o mais convincente testemunho dado sobre a realidade da religião bíblica.” Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 170
“É muito difícil, mesmo para os que afirmam ser seguidores de Jesus, perdoar como Cristo nos perdoa a nós. É tão pouco praticado o espírito do verdadeiro perdão, e são tantas as interpretações acerca do que Cristo requer, que se perdem de vista a sua força e beleza. Temos opiniões muito incertas relativas à grande misericórdia e benignidade de Deus. Ele é cheio de compaixão e perdão, e perdoa-nos abundantemente quando em verdade nos arrependemos e confessamos os nossos pecados. […]
O amor de Jesus deve fazer impressões na nossa vida. Terá uma influência suave e compassiva sobre o nosso coração e caráter. Dar-nos-á disposição para perdoar aos nossos irmãos, mesmo que nos tenham ofendido. O amor divino deve fluir do nosso coração em palavras gentis e ações bondosas, uns para com os outros.” Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 180
“’Ora não haja contenda’, disse ele, “entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. […]
Aqui se ostentou o nobre e abnegado espírito de Abraão. Quantos, em circunstâncias idênticas, não se apegariam com todo o risco aos seus direitos e preferências individuais! Quantos lares não se têm desta maneira esfacelado. Quantas igrejas não se têm desagregado, tornando a causa da verdade objeto de zombaria e injúria entre os ímpios! […] Os filhos de Deus, pelo mundo inteiro, são uma família, e o mesmo espírito de amor e conciliação os deve governar. “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10) – é o ensino do nosso Salvador. A cultura de uma cortesia uniforme, de uma disposição para fazer aos outros conforme desejaríamos que nos fizessem, extinguiria a metade dos males da vida. O espírito de engrandecimento próprio é o espírito de Satanás; mas o coração em que o amor de Cristo é acalentado, possuirá aquela caridade que não busca o seu próprio proveito. Tal coração dará atenção ao mandado divino: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.” Filipenes 2:4; Patriarcas e Profetas, p. 132, 133