Lição 1, 27 de Junho a 03 de Julho
Sábado à tarde
VERSO ÁUREO: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus, o nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.” 1 Timóteo 2:3, 4
LEITURAS DA SEMANA: Tiago 5:19, 20; Lucas 15:6; Sofonias 3:17; João 7:37, 38; 1 Timóteo 2:3, 4; 2 Coríntios 5:14, 15
O grande desejo de Deus é que todas as pessoas em todos os lugares respondam ao Seu amor, aceitem a Sua graça, sejam transformadas pelo Seu Espírito e salvas para o Seu reino. O Seu maior interesse é a nossa salvação. O Seu amor é ilimitado. A Sua misericórdia é incomensurável. A Sua compaixão é infindável. O Seu perdão é inesgotável. O Seu poder é infinito. Diferente dos deuses pagãos, que exigiam sacrifícios, o nosso Deus fez o sacrifício supremo. Não importa quanto desejemos ser salvos, o desejo de Deus por salvar-nos é maior. “Isto é bom e aceitável diante de Deus, o nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3, 4). O desejo do coração divino é a sua salvação e a minha.
Testemunhar diz respeito a Jesus. Trata-se do que Ele fez para nos salvar, de como Ele mudou a nossa vida e das maravilhosas verdades da Sua palavra, que nos revela quem Ele é e a beleza do Seu caráter. Testemunhar porquê? Quando entendemos quem Ele é e experimentamos as maravilhas da Sua graça e o poder do Seu amor, não conseguimos ficar calados. Testemunhar porquê? Ao partilharmos da comunhão com Ele, participamos da Sua alegria ao ver pessoas redimidas pela Sua graça e transformadas pelo Seu amor.
Domingo, 28 de Junho
Oferecer Oportunidades de Salvação
Deus oferece diariamente oportunidades para que as pessoas de todos os lugares O conheçam. Ele move o coração delas mediante o Seu Espírito Santo. Ele revela-Se na beleza e complexidade do mundo natural. A imensidão, ordem e simetria do Universo manifestam um Deus infinito, com sabedoria ilimitada e poder sobrenatural. Deus organiza circunstâncias ou providências na nossa vida para nos atrair para Si.
Embora Deus Se revele mediante as impressões do Seu Espírito, as glórias da natureza e os atos da Providência, a revelação mais clara do Seu amor encontra-se na vida e no ministério de Jesus Cristo. Quando partilhamos Jesus com outras pessoas, oferecemos-lhes a melhor oportunidade de salvação.
1. Leia Lucas 19:10 e Tiago 5:19, 20. O que ensina o evangelho de Lucas sobre o propósito de Cristo ao vir à Terra? Como podemos cooperar com o Senhor na Sua obra de salvar os perdidos?
De acordo com Tiago, “aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:20). O livro de Romanos amplia este pensamento. Em Romanos 1 e 2, tanto os gentios que viram a revelação de Deus na natureza como os judeus que receberam a revelação profética de Deus nas Escrituras estão perdidos sem Cristo. Em Romanos 3–5, o apóstolo Paulo revelou que a salvação vem pela graça, unicamente através da fé. Em Romanos 6–8, ele descreveu como a graça, que justifica cada cristão, também santifica. Em Romanos 10, ele declarou que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13) e depois ressaltou que ninguém pode invocar se não crer; e ninguém pode crer se não ouvir, e não pode ouvir a não ser que alguém lhe diga. Portanto, somos os elos de Deus no plano da salvação para alcançar os perdidos com a glória do evangelho.
Não testemunhamos apenas para dar às pessoas a sua única oportunidade de salvação. Testemunhamos para lhes dar a sua melhor oportunidade. Qual é a nossa função no plano divino para redimir a humanidade? Quantas pessoas ouviram o evangelho dos nossos lábios?
Segunda-feira, 29 de Junho
O Que Agrada a Jesus?
Já alguém lhe perguntou: “Como vai o teu dia?”, “Está tudo bem contigo?”. E se fizesse estas perguntas a Deus? “Deus, como vai o Teu dia?” Que tipo de resposta receberia? Possivelmente seria assim: “Meu dia foi extremamente difícil. Lágrimas encheram os Meus olhos nos diversos campos de refugiados repletos de crianças com frio, famintas e chorosas. Andei pelas ruas das cidades mais movimentadas do mundo e chorei com os sem-abrigo e os necessitados. O Meu coração entristece-se por mulheres abusadas e crianças assustadas vendidas como escravas sexuais. Testemunhei a destruição causada pela guerra, os efeitos devastadores dos desastres naturais e a dolorosa agonia de doenças mortais e debilitantes”. E se perguntasse ao Senhor: “Mas Deus, há algo que traga alegria ao Teu coração? Existe algo que Te faça cantar?”.
2. Leia Lucas 15:6, 7, 9, 10 e 22-24, 32. Como terminam estas histórias e o que revelam estes finais sobre Deus?
Todo o Céu se alegra quando os perdidos são encontrados. Neste mundo cheio de doenças, desastres e morte, podemos trazer alegria ao coração de Deus ao partilharmos as boas-novas da salvação. Uma das maiores motivações para levar o amor de Cristo é saber que testemunhar traz alegria ao Senhor. Cada vez que revelamos a Sua graça, o Céu entoa cânticos de louvor.
3. Leia Sofonias 3:17. Qual é a resposta do nosso Senhor quando aceitamos a Sua graça salvadora?
Imagine que, como resultado do seu testemunho, homens ou mulheres, meninos ou meninas aceitam Jesus como Salvador pessoal. Cristo alegra-Se. O Céu irrompe em canções arrebatadoras, e o nosso poderoso Salvador regozija-Se com cânticos por causa dessas pessoas. O que pode ser mais recompensador, mais gratificante, do que saber que o seu testemunho traz alegria ao coração de Deus neste mundo de tristeza?
Terça-feira, 30 de Junho
Crescer Através da Doação
O Mar Morto marca a altitude mais baixa da Terra. A 423 metros abaixo do nível do mar, ele é considerado o mar mais baixo do mundo. O rio Jordão flui do mar da Galileia e serpenteia através do vale do Jordão até terminar no Mar Morto.
O clima quente e seco, com a intensa luz solar e as condições do deserto, faz com que a água evapore rapidamente. Como o teor de sal e minerais do Mar Morto é de 33,7%, pouca coisa sobrevive nas suas águas. Não há peixes nem plantas; apenas alguns micróbios e bactérias na parte inferior.
Na vida cristã, se a graça de Deus que atua na nossa vida não fluir para os outros, vamos ficar estagnados e quase sem vida, como o Mar Morto. Não é assim que devemos viver.
4. Leia João 7:37, 38 e Lucas 6:38. Em contraste com a experiência do Mar Morto, quando os cristãos recebem as correntes refrescantes da água viva de Cristo, qual é o resultado natural?
“Deus poderia ter realizado o Seu plano de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas, para desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, precisamos partilhar da Sua obra. Com o propósito de participar da alegria Dele, a alegria de ver pessoas redimidas pelo Seu sacrifício, devemos colaborar na Sua obra para redenção delas.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 142
“Os que desejam ser vencedores precisam negar-se a si mesmos; e a única coisa que efetuará esta grandiosa obra é interessar-se vivamente pela salvação dos outros.” Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 207
Crescemos ao partilharmos o que Cristo fez na nossa vida. Considerando tudo o que recebemos em Cristo, o que, senão o egoísmo mais abjeto, nos poderia impedir de partilhar o que nos foi dado? Entretanto, se deixarmos de partilhar a nossa fé, a nossa vida espiritual tornar-se-á tão estagnada como o Mar Morto.
Quais têm sido as suas experiências em testemunhar para os outros, orar com os outros e ministrar às necessidades de outras pessoas? Como é que estas experiências têm impactado a sua fé e a sua caminhada com o Senhor?
Quarta-feira, 01 de Julho
Fidelidade ao mandamento de Cristo
A lealdade a Cristo requer um compromisso de fazer a Sua vontade. Ela exige obediência aos Seus mandamentos, resulta num coração que pulsa com o de Cristo na salvação dos perdidos e coloca como prioridade o que Ele prioriza.
5. Leia 1 Timóteo 2:3, 4 e 2 Pedro 3:9. O que revelam estas passagens sobre o coração de Deus? Qual é a sua prioridade?
Deus é apaixonado pela salvação das pessoas. Não há nada mais importante para Ele. O Seu desejo sincero é que “todos” sejam salvos e “cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4), “não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9). Sobre esta passagem, o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia indica que a palavra grega usada para “querer” é boulomai, que expressa “a inclinação da mente, como ‘querer’ e ‘desejar’”. O comentário faz então esta observação perspicaz sobre a pequena palavra senão: A palavra grega para “senão” é ala, usada aqui para destacar “o contraste entre a interpretação errada da natureza de Deus, de que Ele tivesse determinado que alguns morressem, e a verdade de que Ele deseja que todos sejam salvos” (v. 7, p. 676). O mandamento de Cristo de que cada um de nós participe da Sua missão como testemunha do Seu amor, graça e verdade é fruto do Seu desejo de que toda a humanidade seja salva.
6. Leia Atos 13:47 e compare com Isaías 49:6. A quem se aplicava inicialmente esta passagem? Como é que o apóstolo Paulo a usou?
Há ocasiões em que uma profecia do Antigo Testamento tem mais de uma aplicação. Aqui o apóstolo Paulo tomou uma profecia que se referia primeiro a Israel e profeticamente ao Messias (veja Isaías 41:8; 49:6; Lucas 2:32) e aplicou-a à igreja do Novo Testamento. Se a igreja negligenciar ou minimizar o mandamento de Cristo, ela falha no propósito da sua existência e perde o seu chamado profético ao mundo.
Quais são os perigos para a igreja, quando ela se torna tão concentrada no seu interior a ponto de se esquecer do seu propósito missionário?
Quinta-feira, 02 de Julho
Motivados pelo amor
Nesta semana, o nosso foco foi responder à seguinte pergunta: “Testemunhar porquê?”. Descobrimos que, ao partilhar a nossa fé, temos a alegria de cooperar com Deus na Sua missão ao mundo. O nosso testemunho do Seu amor oferece às pessoas maiores oportunidades de salvação, uma vez que elas podem ver mais claramente a Sua graça e a Sua verdade.
Ao mesmo tempo, testemunhar é também um dos meios de Deus para nos fazer crescer espiritualmente. Não partilhar o que Cristo fez por nós e não ministrar aos outros sufoca a verdadeira vida espiritual.
Testemunhar coloca-nos em contacto com o coração Daquele que deseja que toda a humanidade seja salva. É uma resposta de obediência ao Seu mandamento. Na lição de hoje, vamos estudar a maior motivação de todas para testemunhar.
7. Leia 2 Coríntios 5:14, 15, 18-20. O que motivou Paulo a experimentar provações, tribulações e dificuldades por causa do evangelho? Esta mesma motivação inspiranos a servir a Cristo?
O apóstolo Paulo foi motivado pelo amor. Por amor, somos capazes de fazer certas coisas que não faríamos por nenhuma outra razão. Quando ele declarou que “o amor de Cristo nos constrange”, apresentou uma verdade eterna. O verbo “constranger” significa “instar, impulsionar, controlar ou motivar grandemente”. O amor de Cristo controlava as ações de Paulo e motivava o seu testemunho. Com um destemido propósito e singeleza de espírito, ele partilhou o plano da salvação em todo o mundo mediterrânico.
“O amor deve residir no coração. O cristão verdadeiro age pelo profundo amor ao Mestre. Do amor a Cristo brota o interesse abnegado por seus irmãos.” Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 425
Quando reconhecemos verdadeiramente o imenso sacrifício que Cristo fez por nós, somos dominados por Seu amor e compelidos a partilhar o que Ele fez por nós.
O Criador de tudo (galáxias, estrelas, anjos, planetas e o Universo) também morreu na cruz por nós. É impossível que esta verdade não gere em nós o amor a Deus e o consequente desejo de partilhar esse amor.
Sexta-feira, 03 de Julho
Estudo adicional
Textos de Ellen G. White: Atos dos Apóstolos, p. 9-16 (“O propósito de Deus para Sua igreja”); O Desejado de Todas as Nações, p. 822-828 (“A grande comissão”).
A igreja do Novo Testamento enfrentou o perigo de não entender o propósito da sua existência. Ellen G. White descreveu esta situação: “A perseguição que sobreveio à igreja de Jerusalém resultou em grande impulso para a pregação do evangelho. O êxito tinha acompanhado o ministério da Palavra nesse lugar, e havia o perigo de que os discípulos se demorassem ali por muito tempo, despreocupados com relação à tarefa que tinham recebido do Salvador: ir a todo o mundo. Esquecendo-se de que a melhor maneira de se obter força para resistir ao mal é o trabalho árduo, começaram a pensar que o mais importante seria proteger a igreja de Jerusalém dos ataques do inimigo. Em vez de instruir os novos conversos para levar o evangelho aos que ainda não o conheciam, corriam o risco de tomar um caminho que os levaria a se sentirem satisfeitos com o que já tinha sido alcançado” (Atos dos Apóstolos, p. 105).
Perguntas para consideração:
1. Observe atentamente a citação de Ellen G. White acima, especialmente a última frase. Porque seria esta atitude tão terrível e tragicamente errada?
2. Porque é que todos os evangelhos terminam com uma ordem semelhante? (Mateus 28:18-20; Marcos 16:15, 16; Lucas 24:46-49; João 20:21). O que significou isto para aqueles cristãos do primeiro século e o que deve significar para nós?
3. O testemunho e o serviço podem tornar-se um substituto da espiritualidade genuína? Como podemos ter cuidado com esta armadilha?
4. O testemunho e o serviço influenciam o seu crescimento espiritual? Pode ajudar os outros com as suas experiências? Como poderia ajudá-los a evitar os erros que cometeu?
5. Deus ama cada um de nós. Entende o que isto significa? Talvez esta seja a verdade mais importante do Universo. De que modo ela impacta a sua maneira de viver?