8.10.22

Declarações Sob Tensão - Enganada Pela Serpente

Domingo, 02 de Outubro


O mundo criado pelo Senhor era perfeito (Génesis 1:31). A morte era desconhecida para Adão e Eva. Neste contexto, Deus advertiu: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Génesis 2:16, 17).

1. Génesis 2:16, 17 mostra a existência do livre-arbítrio no Éden? Caso não pudessem escolher livremente, porque os teria Deus advertido?

Algum tempo depois desta advertência divina, Satanás assumiu a forma de uma serpente e também entrou no Éden. Eva viu a serpente comer alegremente o fruto proibido e não morrer. “Ele próprio havia comido do fruto proibido” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 26), e nada lhe aconteceu.

2. Leia Génesis 3:1-4. Imagine-se no lugar de Eva. Porque é que estas palavras podiam ter soado convincentes?

Da perspectiva da lógica humana, o argumento da serpente soou muito mais convincente do que a Palavra de Deus. Primeiro, não havia evidência no mundo natural, até aquele momento, da existência do pecado e da morte. Segundo, a serpente estava a comer o fruto proibido e gostava dele. Então, porque devia a Eva conter-se para não fazer o mesmo? A ordem de Deus parecia ser restritiva demais e sem sentido.

Infelizmente, ao decidir entre as duas declarações em conflito, Eva ignorou três princípios básicos: (1) a razão humana [nunca] é a maneira mais segura para se avaliar questões espirituais; (2) a Palavra de Deus pode parecer ilógica e sem sentido para nós, mas é sempre correcta e confiável; e (3) há coisas que não são más nem erradas em si mesmas, mas Deus escolheu-as como testes de obediência.

Devemos estar cientes de que a experiência de Eva não é caso único. Todos os dias precisamos decidir entre a Palavra de Deus (que pode ser impopular) e os apelos sedutores da nossa cultura. A nossa escolha terá consequências eternas.

Como é que o claro ensino da Bíblia entra em conflito com os caminhos do mundo?


Segunda-feira, 03 de Outubro


3. Leia Génesis 3:1-7. Que critérios usou Eva para escolher entre a Palavra de Deus e a da serpente?

Génesis 3 é um exemplo claro da psicologia da tentação. Deus tinha advertido Adão e Eva de que, se comessem do fruto proibido, morreriam (Génesis 2:16, 17). Assumindo a forma da serpente, Satanás usou várias estratégias retóricas para levar Eva a pecar.

Primeiro, ele generalizou a proibição específica de Deus ao perguntar: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Génesis 3:1). Eva contra-argumentou que a proibição referia-se apenas àquela árvore específica, pois, se alguma vez comessem dela ou a tocassem, morreriam.

Então, Satanás contradisse a declaração de Deus, afirmando categoricamente: “Certamente não morrereis.” (Génesis 3:4).

Por fim, Satanás acusou Deus de suprimir deliberadamente de Eva e de Adão conhecimento essencial: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” (Génesis 3:5).

A curiosidade de Eva levou-a ao terreno encantado de Satanás. Ali ela foi forçada a decidir se ia permanecer fiel à ordem restritiva de Deus ou se cederia aos apelos sedutores de Satanás. Ao duvidar da palavra divina, usou os seus próprios sentidos – o método empírico, o da observação pessoal – para decidir entre as duas declarações em conflito.

Primeiro, ela viu que, do ponto de vista dietético, “a árvore era boa para se comer”. Segundo, do ponto de vista estético, viu que era “agradável aos olhos”. Terceiro, partindo de uma análise lógica, a árvore era “desejável para dar entendimento”. Portanto, do seu ponto de vista, ela tinha boas razões para dar atenção às palavras da serpente e comer da árvore proibida. Infelizmente, foi isso o que ela fez.

Alguns argumentam que todas as formas de conhecimento são válidas, desde que retenhamos “o bem” (1 Tessalonicenses 5:21). Mas as experiências trágicas de Adão e Eva no Jardim do Éden demonstram que o conhecimento, em si, pode ser muito prejudicial. Há algumas coisas que, definitivamente, é melhor não saber.

O que ensina este relato sobre como é fácil racionalizar e justificar escolhas erradas?