Quarta-feira, 03 de Junho
4. Leia Mateus 26:57-67; João 11:45-53; 18:29-31. Quem foi Caifás e qual foi o seu papel na morte de Cristo? Quem foi Pôncio Pilatos? Qual foi a importância da sua decisão para que o Sinédrio realizasse os seus objetivos?
Caifás foi um sumo sacerdote e instigou uma conspiração para buscar a morte de Jesus. A sua existência também foi registada por Josefo, o historiador judeu que escreveu em nome dos romanos. “Além disso, ele também privou José, que também era chamado Caifás, do sumo sacerdócio e nomeou Jónatas, filho de Ananus, sumo sacerdote, para o suceder” (Josephus Complete Works; Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 1969, livro 18, capítulo 4, p. 381).
Em 1990, foi descoberta uma sepultura familiar a sul de Jerusalém, contendo doze ossuários, ou caixas de ossos. As moedas e a cerâmica da tumba datam de meados do primeiro século d.C. O ossuário mais ornamentado, com vários conjuntos de ossos, contém o nome “José, filho de Caifás”. Muitos estudiosos acreditam que essa tenha sido a tumba e caixa de ossos de Caifás, o sumo sacerdote tão directamente envolvido na morte de Jesus.
Em 1961, uma inscrição com o nome de Pôncio Pilatos, governador da Judeia sob o imperador Tibério César, foi encontrada numa pedra no teatro de Cesareia Marítima.
Assim, em ambos os casos, algumas das principais figuras que envolvem a morte de Cristo foram confirmadas pela História.
Historiadores seculares dos dois primeiros séculos também falam sobre Jesus de Nazaré. Tácito, historiador romano, escreveu sobre Cristo, a Sua execução por Pôncio Pilatos no reinado de Tibério César e acerca dos primeiros cristãos em Roma. Plínio, o Jovem, governador romano, escreveu em 112–113 d.C. ao imperador Trajano, a perguntar como deveria tratar os cristãos. Ele descreveu-os dizendo que se reuniam em determinado dia antes do alvorecer, cantando hinos como se fosse para um deus.
Estas descobertas arqueológicas e fontes históricas apresentam uma base adicional, extra-bíblica para a existência de Jesus, que foi adorado
nos primeiros 50 anos depois da Sua morte. Os próprios evangelhos são as fontes primárias sobre Jesus, e devemos estudá-los cuidadosamente para aprender mais sobre Cristo e a Sua vida.
Embora seja sempre bom ter evidências arqueológicas que apoiem a nossa fé, porque é que a nossa fé não deve depender destas provas, por mais úteis que elas possam ser?