4.4.15

Poder limitado

A infância, a juventude e a vida adulta de João, que veio no espírito e poder de Elias para fazer uma obra de preparação do caminho para o Redentor do mundo, foi marcada por firmeza e poder moral. Satanás não pôde afastá-lo da sua integridade. Quando a voz do profeta foi ouvida no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, endireitei as suas veredas” (Mat. 3:3), Satanás temeu pelo seu reino. Sentiu que a voz, soando no deserto como som de trombeta, levava pecadores sob o seu controlo a tremer. Viu que o seu poder sobre muitos estava quebrado. A intensidade do pecado foi revelada de tal maneira que os homens ficaram alarmados; e alguns, pelo arrependimento dos seus pecados, encontraram o favor de Deus e obtiveram poder moral para resistir às suas tentações. – No Deserto da Tentação, pp. 34 e 35.


Quando Cristo Se apresentou a João para o batismo, Satanás estava entre as testemunhas desse acontecimento. Ele ouviu o lampejo dos relâmpagos no céu sem nuvens. Ouviu a voz majestosa de Jeová que ressoou através do Céu e ecoou pela Terra como o ribombar do trovão, anunciando: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mat. 3:17). Viu o resplendor da glória do Pai cobrindo a forma de Jesus, apontando, assim, àquela multidão Aquele a Quem Ele reconhecia como Seu Filho, com inegável segurança. As circunstâncias relacionadas com a cena batismal foram de grande interesse para Satanás. Naquele momento soube com certeza que, a menos que dominasse Cristo, a partir daí o seu poder seria limitado. Compreendeu que esta comunicação do trono de Deus significava que o Céu estava agora acessível ao homem de forma mais direta do que tinha estado, e suscitou-se o ódio mais intenso no peito de Satanás. – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 5, p. 1078.