9.6.20

Identificando o Chifre Pequeno

Terça-feira, 09 de Junho

Durante séculos, os reformadores protestantes identificaram o poder do chifre pequeno em Daniel 7 e 8 como a igreja romana. Porquê?

4. Leia Daniel 7:1-25; 8:1-13. Quais são as características comuns do chifre pequeno em ambos os capítulos? Como podemos identificá-lo?

Existem sete características comuns entre o chifre pequeno de Daniel 7 e o de Daniel 8: (1) ambos são descritos como um chifre; (2) ambos são poderes perseguidores (Daniel 7:21, 25; 8:10, 24); (3) ambos são blasfemos e exaltam-se a si mesmos (Daniel 7:8, 20, 25; 8:10, 11, 25); (4) ambos têm como alvo o povo de Deus (Daniel 7:25, 8:24); (5) ambos têm aspectos da sua atividade descritos pelo tempo profético (Daniel 7:25; 8:13, 14); (6) ambos se estendem até ao fim dos tempos (Daniel 7:25, 26; 8:17, 19); e (7) ambos devem ser destruídos de maneira sobrenatural (Daniel 7:11, 26; 8:25).

A História identifica o primeiro reino como Babilónia (Daniel 2:38), o segundo como a Medo-Pérsia (Daniel 8:20) e o terceiro como a Grécia (Daniel 8:21). A História mostra, de maneira incontestável, que depois destes impérios mundiais vem Roma.

Em Daniel 2, o ferro que representa Roma continua nos pés de ferro misturado com barro; isto é, até ao fim dos tempos. O chifre pequeno de Daniel 7 surge do quarto animal, mas permanece como parte deste quarto animal.

Que poder surgiu de Roma e exerceu influência político-religiosa durante pelo menos 1.260 anos? Apenas um poder se encaixa na História e na profecia: o papado, que chegou ao poder entre as dez tribos bárbaras da Europa e exterminou três delas. Este poder era “diferente dos primeiros” (Daniel 7:24), indicando a sua singularidade em comparação com as outras tribos. O papado falava “palavras contra o Altíssimo” (Daniel 7:25) e ­“engrandeceu-se até ao príncipe do exército” (Daniel 8:11), usurpando a função de Jesus e substituindo-a pela figura do papa. Durante a Contrarreforma, o papado cumpriu a profecia de perseguir “os santos do Altíssimo” e lançar por terra “alguns do exército” (Daniel 8:10), quando os protestantes foram massacrados. O papado buscou “mudar os tempos e a Lei” ao remover o segundo mandamento e mudar o Sábado para o domingo.

Em Daniel 2, 7 e 8, depois da Grécia, surge um poder que subsiste até ao fim dos tempos. Que poder seria este, senão Roma, agora no seu estágio papal? Não importa o quanto seja politicamente incorreto, porque é este um ensino fundamental das três mensagens angélicas e, portanto, um elemento crucial da verdade presente?