22.3.20

Miguel, O Nosso Príncipe

Domingo, 22 de Março

1. Leia Daniel 12:1. Quem muda o curso da História no tempo do fim? Como nos ajudam Romanos 8:34 e Hebreus 7:25 a entender o significado deste texto?

Cada um dos capítulos de Daniel que estudamos até agora inicia-se mencionando o governante de uma nação pagã. Daniel 12 também começa com um governante, mas ao contrário de todos os outros capítulos, o governante é um Príncipe divino, que Se levanta para libertar o povo de Deus das mãos dos seus inimigos.

Como vimos no estudo de Daniel 10, Miguel é o mesmo ser celestial poderoso que aparece a Daniel no rio Tigre. Ele surge ali como o representante celestial do povo de Deus. Ele também aparece noutras partes do livro de Daniel como o Filho do Homem (Daniel 7), o Príncipe do exército (Daniel 8) e o Ungido, o Príncipe (Daniel 9). Portanto, Miguel, cujo nome significa “quem é como Deus?”, não deve ser outro senão o próprio Jesus Cristo.

É importante observar o momento da intervenção de Miguel. De acordo com Daniel 12:1, ela acontece “neste tempo” (Daniel 12:1). Esta expressão refere-se à época mencionada em Daniel 11:40-45. Este é o período que se estende desde a queda do papado, em 1798, até à ressurreição no tempo do fim (Daniel 12:2).

Podem ser inferidos dois aspectos importantes da obra de Miguel a partir do verbo “levantar” utilizado em Daniel 12:1 para descrever a Sua ação. Primeiro, este verbo evoca o surgimento de reis para conquistar e governar. O verbo também tem primariamente uma conotação militar. Isto mostra que Miguel atua como um líder militar que protege o Seu povo e o conduz de maneira especial durante os últimos estágios do grande conflito.

Em segundo lugar, o verbo “levantar” também indica um cenário de juízo. Miguel “levanta-Se” para agir como advogado no tribunal celestial. Como o Filho do Homem, Ele vem perante o Ancião de Dias para representar o povo de Deus durante o juízo investigativo (Daniel 7:9-14). Portanto, o ato de Miguel Se levantar ou ascender lembra-nos os aspectos militares e judiciais da Sua obra. Noutras palavras, Ele está a investir com o poder para derrotar os inimigos de Deus e com a autoridade para representar o Seu povo no tribunal celestial.

Pense no que significa saber que Miguel Se levanta em nosso favor, mesmo agora. Que esperança nos deveria dar isto como pecadores?