Sexta-feira, 17 de janeiro
É instrutivo ver que a estátua de Daniel 2 era feita de ouro e prata, metais relacionados ao poder económico. Ela também era feita de bronze e ferro, usados para ferramentas e armas, e de barro, usado no mundo antigo para fins literários e domésticos. Assim, a estátua apresenta uma descrição vívida da humanidade e das suas realizações. De modo apropriado, as distintas partes anatómicas da estátua expressam a sucessão de reinos mundiais e a desunião final que prevalecerá nos últimos dias da História. Porém, a pedra foi descrita como algo feito “sem auxílio de mãos” (Daniel 2:45), um lembrete poderoso do fim sobrenatural que virá a este mundo transitório e a todas as suas realizações.
Embora, “a olho nu, a história humana possa parecer uma interação caótica entre forças contrárias [...], Daniel assegurou-nos que, por trás de tudo isto, está Deus, a observar de cima e a agir no meio delas para fazer o que Ele entende ser o melhor” (William H. Shea, Daniel: A Reader’s Guide, Nampa, ID: Pacific Press, 2005, p. 98).
Perguntas para discussão:
1. Como é bom saber que, no meio de todo o caos e sofrimento deste mundo caído, Deus está no controle e vai concluir todas as coisas de maneira gloriosa! Até lá, qual é a nossa função em porcurar fazer o bem para aliviar as aflições que existem ao nosso redor?
2. Porque trabalharam Daniel e os cativos de maneira tão próxima e leal a um líder pagão que causou tanto dano ao povo de Israel?
3. Alguns argumentam que a pedra cortada sem auxílio de mãos se refere à propagação do evangelho. Este é um engano por várias razões, entre as quais a afirmação de que a pedra ia esmagar os reinos anteriores, e o vento os levaria, e deles não se veriam mais vestígios (Daniel 2:35). Isto não aconteceu depois da cruz. Além disso, algumas tentativas de identificar o reino da pedra com a igreja deixam de observar que este reino substitui as outras formas de domínio humano. É um reino que abrange todo o mundo. Por isso, apenas a segunda vinda de Jesus cumprirá o clímax dessa profecia. Porque é então a volta de Cristo a única interpretação sensata para a ação da pedra no fim dos tempos?
