2.8.19

Amós

Segunda-feira, 29 de Julho

“Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicómoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao Meu povo de Israel.” Amós 7:14, 15

Amós foi bastante franco em admitir a sua falta de qualificação para ser um profeta; porém, ao apresentar a sua mensagem à nação israelita, ele mostrou uma habilidade evidente de atrair os seus ouvintes.

Amós começou o seu discurso com uma observação popular, listando as nações vizinhas (Síria, Filístia, Fenícia, Edom, Amom e Moabe), e detalhando os crimes, ultrajes e atrocidades pelos quais Deus os castigaria (veja Amós 1:3–2:3). É fácil imaginar os israelitas a aplaudir estas acusações aos seus inimigos, especialmente porque os próprios israelitas tinham sido alvo de muitos crimes destas nações.

Depois, Amós voltou-se para a sua pátria ao declarar o juízo de Deus contra o povo de Judá, vizinhos ao sul de Israel depois da separação dos dois reinos. Falando em nome de Deus, Amós citou a rejeição deles a Deus, a desobediência aos Seus mandamentos e os castigos que lhes sobreviriam (veja Amós 2:4, 5). Mais uma vez, imaginamos o povo do reino do Norte a aplaudir.

Mas, então, Amós voltou-se para o seu público. O restante do livro concentra-se no mal, na idolatria, na injustiça e nos repetidos fracassos do povo de Israel aos olhos de Deus.

2. Leia Amós 3:9-11; 4:1, 2; 5:10-15; 8:4-6. Contra que pecados ele advertiu?

Embora Amós não tenha sido diplomático na sua linguagem e suas advertências sejam de condenação, a sua mensagem foi temperada com súplicas para que o povo voltasse ao seu Deus. Isto incluía uma renovação do senso de justiça do povo e o cuidado para com os pobres entre eles: “Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene!” (Amós 5:24). Os últimos versículos da profecia de Amós indicam uma futura restauração do povo de Deus (veja Amós 9:11-15): “Na sua hora de mais profunda apostasia e maior necessidade, a mensagem de Deus a eles foi de perdão e esperança” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 283).

Há momentos em que precisamos estar preparados para falar severamente para corrigir o erro. Como podemos discernir quando esta linguagem é apropriada?