14.4.19

Despreparados - Comentários

“O apóstolo ordenou aos crentes coríntios a atenderem às lições contidas na experiência de Israel. […] Ele mostrou como o amor ao conforto e aos prazeres tinha preparado o caminho para os pecados que atraíram a notável vingança de Deus. Foi quando os filhos de Israel se assentaram a comer e a beber, e se levantaram para folgar, que se afastaram do temor de Deus. […] 

As palavras de advertência do apóstolo à igreja de Corinto, são aplicáveis a todos os tempos, e especialmente adaptadas a nossos dias. Por idolatria entendia ele não apenas a adoração de ídolos, mas o egocentrismo, o amor das comodidades e a condescendência com o apetite e paixão. Uma mera profissão de fé em Cristo, um presumido conhecimento da verdade, não tornam um homem cristão. Uma religião que busca apenas o deleite dos olhos, dos ouvidos, do paladar, ou que sanciona a condescendência própria, não é a religião de Cristo.” Atos dos Apóstolos, p. 316, 317 

“Deus não sancionou a poligamia num único exemplo sequer. Ela é contrária a Sua vontade. Ele sabia que a felicidade do homem seria destruída por ela. A paz de Abraão foi grandemente turbada por seu infeliz casamento com Hagar. […] 

Se Abraão e Sara tivessem esperado em confiante fé no cumprimento da promessa de que teriam um filho, muita infelicidade teria sido evitada. Eles criam que seria tal como Deus havia prometido, mas não podiam crer que Sara em sua idade avançada pudesse ter um filho. Sara sugeriu um plano pelo qual ela pensava que a promessa de Deus pudesse ser cumprida. Ela suplicou a Abraão para tomar Hagar como esposa. Nisto ambos mostraram falta de fé e de perfeita confiança no poder de Deus. Por ter ouvido a voz de Sara e tomado Hagar como esposa, Abraão falhou em resistir à prova de sua fé no ilimitado poder de Deus, e atraiu sobre si e sobre Sara muita infelicidade. O Senhor intentava provar a firme fé e confiança de Abraão nas promessas que lhe havia feito.” História da Redenção, p. 76, 77 

“Nosso perigo é-nos apresentado pelo próprio Cristo. Ele conhecia os perigos que haveríamos de deparar nestes últimos dias, e queria que nos preparássemos para eles. “Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.” Comiam e bebiam, plantavam e edificavam, casavam-se e davam-se em casamento, e não o conheceram, até que veio o dilúvio e levou-os a todos. O dia do Senhor encontrará os homens, da mesma forma, absorvidos nos negócios e prazeres do mundo, em banquetes e glutonaria, condescendendo com o apetite pervertido. […] 

A crença na iminente vinda do Filho do homem nas nuvens do céu não levará o verdadeiro cristão a tornar-se negligente e descuidado nas atividades comuns da vida. Os expectantes, que aguardam o breve aparecimento de Cristo, não ficarão ociosos, mas serão diligentes nas atividades. Seu trabalho não será feito descuidada e desonestamente, mas com fidelidade, prontidão e perfeição.” Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 309