19.1.19

Mensagem de Cristo a Tiatira

Segunda-feira, 14 de Janeiro

Comparada às outras cidades, de acordo com o que conhecemos, Tiatira não tinha importância política nem cultural na história antiga, e a igreja era obscura. Para dirigir um negócio ou ter um emprego, as pessoas no Império Romano deviam pertencer a associações comerciais. Tiatira era especialmente famosa por fazer cumprir essa exigência. Os membros da associação tinham que comparecer aos festivais da associação e participar nos rituais do templo, que muitas vezes incluíam atividades imorais. Aqueles que não obedecessem eram excluídos das associações e recebiam sanções económicas. Para os cristãos naquela época, isto significava escolher entre a completa transigência ou a total exclusão por amor do evangelho.

3. Leia Apocalipse 2:18-29. Como Se apresentou Jesus a estas pessoas (veja também Daniel 10:6)? Que qualidades Ele elogiou na igreja, e que questão a afligia?

Tal como aconteceu com a igreja em Pérgamo, a igreja em Tiatira foi pressionada a transigir com o ambiente pagão. O nome “Jezabel” refere-se à esposa do rei Acabe, que levou Israel à apostasia (1 Reis 16:31-33). Jesus retratou-a como espiritualmente imoral. Aqueles que transigiram com a verdade e adotaram ideias e práticas pagãs e “impuras” estavam a cometer adultério espiritual com ela.

A igreja em Tiatira simboliza a condição do cristianismo de 538 d.C. a 1565 d.C. O perigo não veio de fora da igreja, mas de dentro. A tradição substituiu a Bíblia, um sacerdócio humano e relíquias sagradas substituíram o sacerdócio de Cristo, e as obras foram consideradas o meio de salvação. Os que não aceitavam as influências corruptoras foram perseguidos e até mortos. Durante séculos, a igreja verdadeira encontrou refúgio nas regiões desertas (veja Apocalipse 12:6, 13, 14). Mas Jesus também elogiou a igreja em Tiatira pela sua fé e amor, obras e serviço, o que profeticamente aponta para a Reforma e para o começo de um “retorno à Bíblia”.

Pense nas palavras de Apocalipse 2:25: “Conservai o que tendes, até que Eu venha”. O que significam estas palavras para nós, tanto como instituição como individualmente? Daquilo que recebemos de Cristo, o que devemos conservar?