25.1.19

Digno é o Cordeiro


Lição 4, 19 a 25 de Janeiro


Sábado à tarde

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” Apocalipse 5:5

LEITURAS DA SEMANA: Apocalipse 4; 5; Ezequiel 1:5-14; Efésios 1:20-23; Hebreus 10:12; Atos 2:32-36

Na semana passada, examinamos as mensagens de Cristo para Seu povo na Terra. Agora, a visão de João passa da Terra para o Céu e se concentra no “que deve acontecer depois destas coisas” (Apocalipse 4:1), o futuro.

A visão dos capítulos 4 e 5 ocorre na sala do trono celestial. A cena dos capítulos 4 e 5 retrata simbolicamente o controle que Deus tem da história e do plano da salvação. Contudo, antes da revelação do futuro, vemos a centralidade do ministério sumo sacerdotal de Cristo para Sua soberania sobre os eventos na Terra e a redenção da humanidade. Dessa maneira, os capítulos 4 e 5 apresentam a perspectiva celestial sobre o significado dos eventos futuros registrados no restante do livro.

Pode-se notar também que, enquanto as mensagens às sete igrejas foram escritas em linguagem um tanto direta, a partir de então, o livro emprega uma linguagem ainda mais simbólica que nem sempre é fácil de interpretar. Essa linguagem é tirada da história do povo de Deus, conforme registrada no Antigo Testamento. Uma interpretação correta do Apocalipse requer uma compreensão adequada de sua linguagem simbólica à luz do Antigo Testamento.

Comentários de Ellen White: Lição 04 – Digno é o Cordeiro

Sábado à Tarde – 19 de Janeiro 2019 – Introdução

“Fazemos hoje a viagem da vida por entre os perigos dos últimos dias. Precisamos observar cuidadosamente cada passo, e estar certos de que estamos seguindo nosso grande Guia. O ceticismo, a infidelidade, a extravagância e o crime se acham de todos os lados. Seria coisa fácil largar as rédeas do domínio próprio e imergir no precipício, para uma segura destruição. […]

O infinito Amor lançou ao alto um caminho pelo qual os remidos do Senhor podem passar da Terra ao Céu. Esse caminho é o Filho de Deus. Anjos-guia são enviados a dirigir nossos errantes pés. A gloriosa escada para o Céu é descida no caminho de todo homem, impedindo-lhe o caminho para o vício e a loucura. […] Mas Aquele que é infinito em sabedoria não força ninguém a aceitar o mais precioso dom do Céu – não compele ninguém a andar na estrada erguida para o alto, por tão elevado custo. Todos têm permissão de escolher por si mesmos a estreita e luminosa subida que conduz ao Céu, ou aquele mais amplo e fácil caminho que termina em morte.” Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 6

“Deus nos fala por meio de Sua Palavra. É ali que encontramos em linhas mais claras a revelação do Seu caráter, da Sua maneira de tratar as pessoas e da grande obra da redenção. Ali, diante de nós, está a história dos patriarcas, dos profetas e de outros homens santos da antiguidade. […] Ao lermos sobre as preciosas experiências que lhes foram concedidas, a luz, o amor e as bênçãos que desfrutavam, e o trabalho efetuado por meio da graça que lhes era dada, o espírito que os inspirava acende em nosso coração uma chama que inspira em nós o desejo de sermos semelhantes a eles no caráter e de andarmos com Deus como eles andaram.

Com relação às Escrituras do Antigo Testamento – e isso é ainda mais verdadeiro a respeito do Novo –, Jesus Cristo disse: ‘‘São elas mesmas que testificam de Mim’’ (Jo 5:39), o Redentor, Aquele em quem está depositada nossa esperança de vida eterna. Sim, toda a Bíblia fala de Cristo. Desde o primeiro registro da criação – pois “sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3) – até a promessa final, “eis que venho sem demora” (Ap 22:12), lemos sobre Suas obras e ouvimos Sua voz. Se você quiser conhecer o Salvador, estude as Santas Escrituras, a Bíblia.” Caminho a Cristo, p. 87, 88

“O divino plano de salvação é amplo bastante para abranger o mundo todo. Deus anseia soprar o fôlego da vida na prostrada humanidade. Ele não permitirá que se decepcione qualquer pessoa sincera em seu desejo de algo mais elevado e mais nobre do que qualquer coisa oferecida pelo mundo. Constantemente está Ele enviando Seus anjos aos que, embora rodeados por situações desanimadoras, oram com fé para que algum poder mais alto que eles mesmos lhes traga libertação e paz. Por várias maneiras Deus os colocará em contacto com situações que fortalecerão sua confiança Naquele que deu a Si mesmo em resgate de todos, “para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os Seus mandamentos”.” Salmos 78:7; Profetas e Reis, p. 377, 378

Domingo, 20 de Janeiro

Na Sala do Trono Celestial

Começando em Apocalipse 4:1, Jesus convidou João a subir ao Céu para lhe mostrar uma visão geral da história, desde seus dias até o retorno de Cristo.

1. Os textos de Apocalipse 4:1-8, Ezequiel 1:26-28 e Apocalipse 5:11-14 descrevem a sala do trono celestial. O que esses versos ensinam sobre a natureza da sala do trono celestial?

Através da porta aberta, o apóstolo viu o templo celestial e o trono de Deus. O trono simboliza o domínio de Deus e Sua autoridade para governar a criação, enquanto o arco-íris ao redor do trono significa a fidelidade de Deus às Suas promessas (Génesis 9:13-16; Isaías 54:9, 10). Contudo, Satanás, que usurpou o domínio da Terra e é o adversário de Deus, tem contestado a autoridade divina. A questão central no grande conflito entre Deus e Satanás é sobre quem tem o direito de governar. O propósito do concílio celestial que João viu reunido na sala do trono era confirmar o legítimo governo de Deus sobre o Universo (Apocalipse 4:1-8; 5:11-14).

2. Leia Apocalipse 4:8-11; 5:9-14. O que é revelado sobre a verdadeira adoração nessas passagens? No capítulo 4, por que o Senhor Deus é digno de adoração e, em Apocalipse 5:9-14, por que o Cordeiro é digno?

O capítulo 4 do Apocalipse apresenta uma descrição geral da sala do trono no templo celestial e da adoração que ocorre repetidamente ali. Enquanto a adoração no capítulo 4 exalta o poder criador de Deus, o capítulo 5 celebra a redenção provida pelo Cordeiro que foi morto. Esses capítulos mostram que, na verdadeira adoração, narramos e celebramos os poderosos atos da criação e redenção de Deus. Ele, que criou o mundo em seis dias, tem o poder e a capacidade de também restaurá-lo à sua condição original e transformá-­­lo no lar eterno para Seu povo. Tudo isso Ele prometeu fazer.

Aquele que criou, não apenas a nós e o nosso mundo, mas todo o Universo, também é o “Cordeiro que foi morto” (Apocalipse 5:12) por nós. Que esperança maravilhosa esse ensinamento nos concede, em meio a um mundo repleto de dor e turbulência?

Na Sala do Trono Celestial – Comentários

“O arco-íris da promessa, que circunda o trono no alto, é um perpétuo testemunho de que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Ele testifica perante o Universo que Deus nunca abandonará Seu povo na luta com o mal. Enquanto durar o próprio trono de Deus, é para nós uma garantia de força e proteção. […]

O arco-íris da promessa é uma certeza a cada pessoa humilde, contrita e crente de que sua vida é uma com Cristo e de que Cristo é um com Deus. A ira de Deus não cairá sobre uma alma que Nele procura refúgio.” A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 65]

“Dali em diante, os seguidores de Cristo deviam olhar Satanás como um inimigo vencido. Na cruz Jesus devia ganhar a vitória para eles; essa vitória, Ele desejava que aceitassem como sua própria. “Eis”, disse Ele, “que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lucas 10:19).

O omnipotente poder do Espírito Santo é a defesa de toda alma contrita. Cristo não permitirá que ninguém que, em arrependimento e fé, haja clamado por Sua proteção passe para sob o poder do inimigo. É verdade que Satanás é um poderoso ser; mas, graças a Deus, temos um Todo-poderoso Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Satanás se agrada quando magnificamos seu poder. Por que não falar de Jesus? Por que não engrandecer Seu poder e amor?” A Ciência do Bom Viver, p. 94

“Satanás pôs em dúvida a filiação divina de Cristo. Na maneira por que foi sumariamente despedido, teve a irrefutável prova. A divindade irradiou através da humanidade sofredora. Satanás foi impotente para resistir à ordem. Torcendo-se de humilhação e raiva, foi forçado a retirar-se da presença do Redentor do mundo. A vitória de Cristo tinha sido tão completa, como o fracasso de Adão.

Assim podemos resistir à tentação, e forçar Satanás a retirar-se de nós. Jesus obteve a vitória por meio da submissão e fé em Deus, e diz-nos mediante o apóstolo: “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós” (Tiago 4:7, 8). […] Satanás treme e foge diante da mais débil alma que se refugia nesse nome poderoso. […]

Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, nos lembraremos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançaremos aos Seus pés nossas coroas, erguendo o cântico: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças”.” Apocalipse 5:12; O Desejado de Todas as Nações, p. 130, 131

Segunda-feira, 21 de Janeiro

A Assembleia Celestial na Sala do Trono

A descrição dos anciãos em Apocalipse 4:4 revela que eles não são seres angelicais. Na Bíblia, o título “anciãos” é sempre usado para se referir ao ser humano. Diferentemente dos anjos, que estão sempre na presença de Deus, esses anciãos se sentam em tronos. As vestes brancas que eles usam são o traje do povo fiel de Deus (Apocalipse 3:4, 5). As coroas da vitória (no grego, stephanos; Apocalipse 4:4) em sua cabeça são reservadas exclusivamente para os santos vitoriosos (Tiago 1:12). Todos esses detalhes sugerem que os 24 anciãos sejam os santos glorificados.

O número 24 é simbólico: ele consiste em dois conjuntos de 12, sendo o número 12 um símbolo do povo de Deus na Bíblia. Os 24 anciãos representam o povo de Deus em sua totalidade, tanto dos tempos do Antigo quanto do Novo Testamento. O número 24 também reflete os chefes dos 24 grupos de sacerdotes que se revezavam nos serviços do templo terrestre (1 Coríntios 24:1-19).

O facto de os 24 anciãos nunca terem sido mencionados antes na Bíblia sugere que eles sejam um grupo novo na sala do trono celestial. Talvez eles sejam os que ressuscitaram no momento da ressurreição de Jesus (Mateus 27:51-53).

Se esse é o caso, esses 24 anciãos que subiram com Cristo ao Céu tornaram-se representantes da humanidade, a fim de testemunhar a justiça das ações de Deus na realização do plano da salvação. Em Apocalipse 5:9, os 24 anciãos, juntamente com os quatro seres viventes (v. 8), prostram-­­se
em adoração diante do Cordeiro que foi morto, mas vive. Juntos, eles entoam um novo cântico, exaltando o Cordeiro como Aquele que é digno porque foi morto e, com Seu sangue, “comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”, e para Deus os constituiu “reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra” (Apocalipse 5:8-10).

3. Em Apocalipse 4:6-8, também são mencionados os quatro seres viventes. Compare sua descrição com os quatro seres viventes em Ezequiel 1:5-14, 10:20-22, e com os serafins em Isaías 6:2, 3. O que aprendemos com essa comparação?

Os quatro seres viventes simbolizam os seres exaltados que servem a Deus como Seus agentes e guardiões de Seu trono (Salmos 99:1). Suas asas indicam simbolicamente sua rapidez na execução das ordens de Deus, e seus olhos apontam para sua inteligência. Sua presença, juntamente com os 24 anciãos e as miríades de anjos ao redor do trono (Apocalipse 5:11), revela que, tanto o Céu quanto a Terra estão representados na sala do trono.

A Assembleia Celestial na Sala do Trono – Comentários

“Aquele que apanha um vislumbre do imaculado amor de Cristo, conta como perda todas as coisas, e olha-O como O que traz a bandeira entre dez mil, como O totalmente desejável (Cantares 5:10, 16). Ao olharem para Cristo, os serafins e querubins cobrem a face com as asas. Não ostentam sua própria perfeição na presença e glória de seu Senhor. Quão impróprio é, pois, que os homens se exaltem! Revistam-se, antes, de humildade, cesse toda luta pela supremacia, e aprendam o que significa ser manso e humilde de coração. Aquele que contempla a glória e o infinito amor de Deus, terá de si mesmo opinião humilde; mas contemplando o caráter divino, será transformado na imagem divina.” Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 171

“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua glória (Isaías 6:3).

Aqueles seres santos cantavam louvor e glória de Deus, com lábios não poluídos pelo pecado. O contraste entre o débil louvor que ele [Isaías] havia sido habituado a expressar ao Criador, e os jubilosos louvores dos serafins, deixou atônito e humilhado o profeta. […]

Os serafins perante o trono são tão possuídos de reverente respeito ao contemplar a glória de Deus, que nem por um momento olham para si mesmos com complacência, ou com admiração própria ou mútua. Seu louvor e glória dirigem eles ao Senhor dos Exércitos. […] Ficam plenamente satisfeitos glorificando a Deus; e em Sua presença, sob Seu sorriso de aprovação, não desejam nenhuma outra coisa. Em trazer Sua imagem, em fazer Seu serviço e em adorá-Lo, alcançam plenamente sua mais alta ambição.” Vidas Que Falam [MM 1971], p. 234

“No ano em que morreu o rei Uzias, Isaías teve uma visão que lhe permitiu contemplar o lugar santo e o lugar santíssimo, no santuário celestial. Os véus da parte mais interior do santuário foram afastados, e um alto e sublime trono, que se erguia, por assim dizer, até o próprio Céu, foi revelado aos seus olhos. Uma glória indescritível provinha de uma pessoa no trono, e Seu cortejo enchia o templo, como a Sua glória finalmente encherá a Terra. Havia querubins de ambos os lados do propiciatório […] e resplandeciam com a glória que os ocultava da presença de Deus. […] Esses seres celestiais cantavam louvor e glória a Deus com lábios não poluídos pelo pecado.” Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 330

“A suprema glória dos atributos de Cristo, é Sua santidade. Os anjos se inclinam diante Dele em adoração, exclamando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso” (Ap 4:8). Declara-se a Seu respeito que Ele é glorioso em Sua santidade. Considerem o caráter de Deus. Contemplando a Cristo, buscando-O com fé e oração, vocês podem se tornar semelhantes a Ele.” Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 402

Terça-feira, 22 de Janeiro

O Livro Selado

4. Leia Apocalipse 5:1-4. À luz de Isaías 29:11, 12, qual é o significado do livro selado e por que João chorou?

O texto grego indica que o livro se encontrava no trono, na mão direita do Pai. O livro aguardava Aquele que era digno de pegá-lo e “lhe desatar os selos” (Apocalipse 5:2).

Nas palavras de Ellen G. White, o livro selado contém “a história das providências de Deus, e a história profética das nações e da igreja. Nesse livro, estavam contidas as declarações divinas, Sua autoridade, Seus mandamentos, Suas leis, todo o conselho simbólico do Eterno e a história de todos os poderes que governam as nações. Em linguagem simbólica, estava contida naquele livro a influência de toda nação, língua e povo desde o início da história da Terra até seu fim” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 9, p. 7).

Em suma, o livro selado contém o mistério de Deus a respeito de Seus planos para resolver o problema do pecado e salvar o ser humano caído. A plena compreensão desse mistério ocorrerá na segunda vinda de Cristo (veja Apocalipse 10:7).

5. Leia Apocalipse 5:5-7. Por que Cristo é o único em todo o Universo digno de pegar o livro selado e abri-lo?

A crise na sala do trono está relacionada com a rebelião de Satanás. Este planeta, embora criado por Deus, tem estado sob o domínio do usurpador, Satanás. O choro de João expressa as lágrimas do povo de Deus, desde Adão, pela salvação da escravidão do pecado. O livro selado continha o plano de Deus para a resolução do problema do pecado. Evidentemente, com Seu poder imensurável, o próprio Deus poderia executar esse plano. No entanto, a redenção da humanidade caída exigiu algo especial: a morte de Jesus. Ele, de fato, “venceu” e, portanto, era digno de abrir o livro, assumir o senhorio da Terra e Se tornar nosso Mediador no santuário celestial.

O Livro Selado – Comentários

“A cruz de Cristo nos leva para mais perto de Deus, reconciliando o homem com Ele, e Deus com o homem. […] A cruz tem sido quase perdida de vista, mas sem a cruz não há ligação com o Pai, nem unidade com o Cordeiro em meio do trono do Céu, nem bom acolhimento dos errantes que quiserem voltar ao abandonado caminho da justiça e da verdade, nem esperança para o transgressor no dia do juízo. Sem cruz não há meio algum para vencer o poder de nosso forte inimigo. Toda esperança pende da cruz.” Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 41

“Na carreira celeste, porém, todos podemos correr e todos receberemos o prémio. Não há incerteza nem risco a esse respeito. Cumpre revestir-nos das graças celestes e, com os olhos voltados para a coroa da imortalidade, manter o Modelo sempre diante de nós. Ele foi um “homem de dores, experimentado nos trabalhos” (Is 53:3). Devemos conservar sempre em vista a vida humilde e abnegada de nosso divino Senhor. E então, ao buscarmos imitá-Lo, olhos fitos na recompensa, podemos correr com segurança essa carreira, sabendo que, se fizermos o melhor ao nosso alcance, certamente conseguiremos o prémio.” Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 358

“Permanecendo Nele, você vai florescer. Se sua vida estiver ligada a Ele, você não murchará nem deixará de produzir frutos. […]

Muitos pensam que devem fazer sozinhos uma parte do trabalho. Confiaram em Cristo para obter o perdão de seus pecados, mas agora procuram viver retamente através dos próprios esforços. Mas esse esforço é em vão. Jesus diz: “Sem Mim nada podeis fazer.” Nosso crescimento na graça, nossa alegria, nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora, permanecendo Nele, que crescemos na graça. Ele não é somente o Autor, mas também o Consumador da nossa fé. Cristo deve ser o primeiro e o último. Ele deve estar conosco não apenas no começo e no fim da nossa carreira, mas a cada passo do caminho.” Caminho a Cristo, p. 69

Quarta-feira, 23 de Janeiro

Digno é o Cordeiro

6. Leia Apocalipse 5:8-14, Efésios 1:20-23 e Hebreus 10:12. De acordo com esses textos, o que deve nos dar grande esperança e conforto neste mundo que traz dor e desespero?

Quando Cristo, o Cordeiro, aproxima-Se do trono, Ele pega o livro. Esse ato mostra que toda autoridade e soberania pertencem a Ele (veja Mateus 28:18; Efésios 1:20-22). Nesse momento, todo o Universo reconhece o legítimo governo de Cristo sobre a Terra. O que foi perdido com Adão foi recuperado com Cristo.

Quando Cristo pega o livro, isso mostra que Ele tem o destino de toda a humanidade em Suas mãos. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos prostram-se diante Dele e O adoram, como fizeram em Apocalipse 5:9: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto.” Com esse ato de adoração, os anjos exaltados e os representantes da humanidade redimida confirmam o sacrifício de Cristo em favor da humanidade. Com Seu sangue, Ele pagou o resgate pelo ser humano caído e oferece-lhe toda a esperança de redenção e a promessa de um futuro que mal podemos imaginar.

Um número incontável de hostes angélicas se une então aos quatro seres viventes e aos anciãos ao redor do trono e dão louvores ao Cordeiro que foi morto e agora vive para fazer intercessão pela humanidade caída (Hebreus 7:25). Em uníssono, os ocupantes da sala do trono exclamam em alta voz: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Apocalipse 5:12).

Naquele momento, todas criaturas no Céu e na Terra se reúnem oferecendo adoração real tanto ao Pai quanto a Cristo: “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5:13). Seu louvor é respondido com um “Amém” por parte dos quatro seres viventes e, em seguida, os 24 anciãos se prostram, concluindo assim essa adoração entusiasmada na sala do trono celestial.

Os físicos especulam que um dia o Universo será destruído pelo fogo, ruirá ou simplesmente se fenderá. Que contraste com o futuro apresentado na Palavra de Deus! Como podemos, mesmo agora, nos alegrar com o futuro que nos espera?

Digno é o Cordeiro – Comentários

“Uma voz disse: “Jesus, que está sentado sobre o trono, amou o homem de tal maneira que deu Sua vida em sacrifício para resgatá-lo do poder de Satanás e para elevá-lo ao Seu trono. Aquele que está acima de todos os poderes, Aquele que tem a maior influência no Céu e na Terra, Aquele a quem toda alma é devedora por todo favor que recebeu, era manso e humilde de espírito, santo, inocente e imaculado na vida. […]

Os mestres da iniquidade no mundo se tornaram fortes e terríveis sob o domínio de Satanás, mas poderoso é o Senhor Deus que julga Babilônia. Os justos nada mais têm que temer da força ou da fraude enquanto forem leais e fiéis. Alguém mais poderoso do que o forte homem armado constitui sua defesa. Todo poder, e grandeza e excelência de caráter serão dados aos que creram e se colocaram em defesa da verdade, erguendo-se e defendendo firmemente as leis de Deus.” Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 429

“Não precisamos esperar até que sejamos trasladados, para então seguir a Cristo. O povo de Deus pode fazer isso aqui na Terra. Só havemos de seguir o Cordeiro nos átrios celestiais, se O seguirmos aqui. […] Não devemos seguir a Cristo intermitente ou caprichosamente, apenas quando é para vantagem nossa. Devemos decidir segui-Lo. Na vida diária devemos seguir Seu exemplo, como um rebanho segue, confiante, seu pastor. Devemos segui-Lo mesmo sofrendo por Sua causa, dizendo a todo passo: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei” (Jó 13:15). A prática de Sua vida deve ser a prática da nossa. E ao assim buscarmos ser semelhantes a Ele, e a pôr nossa vontade em conformidade com a Sua, havemos de revelá-Lo.” Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 306

“É uma lei da natureza que nossas ideias e sentimentos sejam animados e fortalecidos ao lhes darmos expressão.

Ao passo que as palavras exprimem pensamentos, é também verdade que estes seguem aquelas. Se exprimíssemos mais a nossa fé, mais nos regozijássemos nas bênçãos que sabemos possuir – a grande misericórdia e o amor de Deus – teríamos mais fé e maior alegria. Língua alguma pode traduzir, nenhuma mente conceber a bênção que resulta de apreciar a bondade e o amor de Deus. Mesmo na Terra podemos fruir alegria como uma fonte inesgotável, porque se nutre das correntes que emanam do trono de Deus.

Eduquemos, pois, o coração e os lábios a entoar o louvor de Deus por Seu incomparável amor. Eduquemos a alma a ser esperançosa, e a permanecer na luz que irradia da cruz do Calvário. Nunca devemos nos esquecer de que somos filhos do celeste Rei, filhos e filhas do Senhor dos Exércitos. É nosso privilégio manter um calmo repouso em Deus.” A Ciência do Bom Viver, p. 251, 252

Quinta-feira, 24 de Janeiro

O Significado do Pentecostes

No derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, relatado em Atos 2:1-4, confirma-se a realização de um dos eventos mais decisivos na história do plano da salvação: a investidura de Cristo em Seu ministério como Sumo Sacerdote e Rei no santuário celestial, após Seu sacrifício na cruz do Calvário (Atos 1:4-8; 2:33). Mediante Seu ministério sumo sacerdotal à destra de Deus Pai (Apocalipse 5:6, 7), Cristo pode executar o plano da salvação até sua concretização final. Como nosso Mediador no santuário celestial, Jesus trabalha para nos salvar. Por meio Dele, os cristãos podem ter livre acesso a Deus e recebem o perdão para seus pecados.

7. Leia Atos 2:32-36 e João 7:39. Que esperança e encorajamento encontramos no fato de Jesus estar no Céu como nosso Sacerdote e Rei?

A exaltação de Cristo no santuário celestial foi seguida pela descida do Espírito Santo sobre os discípulos. Em Apocalipse 5:6, mencionam-se os sete espíritos que foram “enviados por toda a Terra”. Como vimos em uma lição anterior, os sete espíritos indicam a plenitude da ação do Espírito Santo no mundo. Na entronização de Cristo, o Espírito foi enviado à Terra. Esse envio do Espírito foi uma das primeiras ações de Cristo como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Esse derramamento do Espírito Santo significa que Jesus havia Se apresentado perante o Pai e que Deus havia aceitado Seu sacrifício pela humanidade.

“A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida […]. Ao transpor as portas celestiais, Jesus foi entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi essa cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi, de fato, glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviou do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, havia recebido todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 38, 39).

Leia Hebreus 4:16 e 8:1. Que esperança e encorajamento encontramos na certeza de que Jesus recebeu, como Sacerdote e Rei, toda a autoridade no Céu e na Terra? Acreditar nessa verdade nos ajuda a lidar com as situações da vida e com a incerteza quanto ao futuro?

O Significado do Pentecostes – Comentários

“Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei (Jo 16:7). Cristo declarou que depois de Sua ascensão, haveria de mandar à Sua igreja, como supremo dom, o Consolador, que Lhe devia ocupar o lugar. Esse Consolador é o Espírito Santo – a alma de Sua vida, a eficácia de Sua igreja, a luz e a vida do mundo. …

No dom do Espírito, Jesus deu ao homem o mais alto bem que o Céu podia conceder. […] É o Espírito que torna eficaz o que foi executado pelo Redentor do mundo. É pelo Espírito que o coração é purificado. Pelo Espírito o crente se torna participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para imprimir Seu caráter na igreja. […] É o privilégio de todo filho e filha de Deus ter a presença permanente do Seu Espírito.” Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 145

“O Espírito Santo desceria sobre aqueles que neste mundo amavam a Cristo. Deste modo eles seriam habilitados, na glorificação de sua Cabeça e por intermédio Dele, a receber toda dotação necessária para o cumprimento de sua missão. O Doador da vida tinha em mãos não somente as chaves da morte, mas todo um Céu de ricas bênçãos. Foi-Lhe dado todo o poder no Céu e na Terra e, tendo assumido Sua posição nas cortes celestiais, Ele poderia conferir essas bênçãos a todos os que O recebessem.

Cristo disse a Seus discípulos: “Convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-­lo enviarei” (João 16:7). Esse era o Dom dos dons. O Espírito Santo foi enviado como o mais inestimável tesouro que o homem poderia receber. A igreja foi batizada com o poder do Espírito. Os discípulos foram habilitados a sair proclamando Cristo.” Este Dia Com Deus [MM 1980], p. 357

“Jesus sabe as necessidades de Seus filhos, e gosta de escutar-lhes as orações. Excluam eles o mundo e tudo quanto desviaria o pensamento de Deus, e sintam que se acham a sós com Ele, que Seus olhos veem o mais íntimo do coração, e leem o desejo da alma, e que podem falar com o Senhor. Com fé humilde podem reivindicar as Suas promessas, e sentir que embora não haja em vocês coisa alguma por que Lhe possam exigir o favor, podem, pelos méritos e a justiça de Cristo, chegar com ousadia ao trono da graça, e achar graça em tempo de necessidade. Não há nada que possa tornar a pessoa tão forte para resistir às tentações de Satanás no grande conflito da vida como buscar a Deus em humildade, lançando perante Ele sua alma em todo o seu desamparo, esperando que Ele seja seu ajudador e defensor.” Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 122

Sexta-feira, 25 de Janeiro

Estudo Adicional

Leia o capítulo “Para Meu Pai e Vosso Pai”, do livro O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White, p. 829-835. E o capítulo “O Dom do Espírito”, do livro Atos dos Apóstolos, de Ellen G. White, p. 47-56.

A mensagem de Apocalipse 4 e 5 é importante para o povo de Deus que vive no fim da história da Terra. A vinda do Espírito Santo no Pentecostes marcou o início da pregação do evangelho a todo o mundo; a mensagem central era sobre Jesus, que havia sido exaltado como Sacerdote e Rei à destra do Pai. Essa verdade sobre Jesus era a essência da crença dos primeiros cristãos (Hebreus 8:1) e a pedra angular da pregação dos discípulos (Atos 2:32, 33; 5:30, 31). Ela era sua motivação e fonte de fé e coragem diante das dificuldades (Atos 7:55, 56; Romanos 8:34). Como resultado, muitas pessoas aceitaram a pregação deles. A partir daquele momento, o reino de Deus se manifestou e continua se revelando, mediante o ministério do Espírito Santo.

Nunca devemos nos esquecer de que somente as boas-novas da salvação podem transformar o coração humano e levar as pessoas a aceitar o chamado do evangelho eterno para temer a Deus, dar-Lhe glória e adorá-­­Lo (Apocalipse 14:7). Nossa única esperança está em nosso Salvador, que é nosso Sacerdote e Rei no santuário celestial. Ele está com o Seu povo, e sempre estará com ele até o fim (Mateus 28:20). Ele tem o futuro em Suas mãos.

Portanto, se desejamos alcançar sucesso na pregação da mensagem final à humanidade perdida e sofredora, devemos ter sempre em mente a essência do evangelho. Nada do que pregamos é mais importante do que a cruz e o que ela nos ensina sobre Deus.

Perguntas para discussão

1. Um dia estaremos no Céu, louvando o Senhor por Sua bondade, poder e graça. Viver em atitude de adoração nos ajuda na preparação para esse dia? Temos tido essa postura diante de tudo o que Ele tem feito?

2. Leia Apocalipse 4:11 e 5:9. Em quais duas funções vemos o Pai e o Filho nesses textos? Por que ambas são centrais para o plano da salvação? Por causa delas Deus é digno de nossa adoração? De que maneira o sábado e o que ele ensina são uma expressão dessas duas maravilhosas verdades sobre nosso Deus?

Estudo Adicional – Comentários

Atos dos Apóstolos, “O Dom do Espírito”, p. 47-56.