17.9.18

Perante Festo – Comentário

Se fiz algum agravo ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles. Apelo para César (At 25:10, 11).

Assim foi que uma vez mais, por causa do ódio nascido do fanatismo e da justiça própria, um servo de Deus se volta para os pagãos em busca de proteção. … E esse ódio o povo de Deus que vive neste século terá ainda que enfrentar. Entre muitos dos professos seguidores de Cristo, existe o mesmo orgulho, formalismo e egoísmo, o mesmo espírito de opressão que ocupou tão grande lugar no coração dos judeus. … Na grande crise por que deverão em breve passar, os fiéis servos de Deus encontrarão a mesma dureza de coração, a mesma determinação cruel, o mesmo ódio inflexível. …

Somente os que têm levado a vida em conformidade com a norma divina, permanecerão firmes naquele tempo de prova. Quando legisladores seculares se unirem a ministros de religião para legislarem em assuntos de consciência, será visto então quem realmente teme a Deus e O serve. Quando as trevas são mais profundas, mais resplandece a luz de um caráter semelhante ao de Deus (Vidas que Falam [MM 1971], p. 358).

Ao lidar com homens desarrazoados e ímpios, os que creem na verdade devem ter o cuidado de não se rebaixarem ao mesmo nível, onde usarão as mesmas armas satânicas usadas por seus inimigos, dando alas a fortes sentimentos pessoais e suscitando rancor e amarga hostilidade contra si mesmos e contra a obra que o Senhor lhes deu a fazer. Exaltemos Jesus. Somos cooperadores de Deus. Somos providos de armas espirituais, poderosas para demolir as fortalezas do inimigo. Em caso algum devemos representar mal nossa fé entretecendo na obra atributos que não se assemelham aos de Cristo (Este Dia Com Deus [MM 1980], p. 98).

A diferença entre o caráter de Cristo e o caráter de outros homens de Seu tempo, era por toda parte aparente, e por causa dessa diferença o mundo O odiava. Odiava-O por Sua bondade e estrita integridade. E Cristo declarou que todos os que manifestam os mesmos atributos serão igualmente odiados. Ao nos aproximar do fim do tempo esse ódio para com os seguidores de Cristo será cada vez mais manifesto.

Cristo assumiu a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse mostrar aos homens e mulheres que eles podem viver sem pecado, que suas palavras, suas ações, seu espírito podem ser santificados a Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos em nossa vida esse poder. Se a luz do Céu repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo. Foi a justiça que revelou em Sua vida que distinguiu Cristo do mundo e provocou seu ódio (Manuscrito 97, 1909; Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 527, 528).