19.9.18

A Defesa de Paulo

Quarta-feira, 19 de Setembro

Com o cenário preparado e os nobres convidados sentados ao lado do governador, o prisioneiro foi trazido para apresentar a sua defesa, que visava principalmente Agripa, visto que Festo já a conhecia (Atos 25:8-11).

6. Leia Atos 26:1-23. O que estava Paulo a fazer no seu discurso perante o rei Agripa?

O discurso de Paulo foi, na verdade, um relato autobiográfico da sua vida antes e depois da conversão. Em termos de conteúdo, o discurso lembra o de Atos 22:1-21, que ele fez diante da multidão em Jerusalém.

O apóstolo começa por tentar garantir o favor de Agripa. Ele demonstra gratidão pela oportunidade de relatar o seu caso diante duma pessoa tão eminente, mais ainda porque Agripa estava bem familiarizado com todos os costumes e questões relacionados à fé judaica. Por este motivo, Agripa podia ser de grande ajuda para que o governador romano compreendesse que as acusações contra Paulo não tinham nenhum mérito e eram falsas.

O discurso pode ser dividido em três partes. Na primeira parte (Atos 26:4-11), Paulo descreve a sua antiga piedade farisaica, que era amplamente conhecida entre seus contemporâneos em Jerusalém. Como fariseu, ele cria na ressurreição dos mortos, que era essencial para o cumprimento da esperança de Israel. Portanto, os judeus estavam a ser incoerentes ao se oporem ao ensino de Paulo, pois não havia nada nele que não fosse fundamentalmente judaico. Entretanto, ele entendia bem a atitude deles, porque ele mesmo tinha achado tão inacreditável que Deus pudesse ter ressuscitado Jesus que até perseguira aqueles que acreditavam nisso.

Na segunda parte (Atos 26:12-18), Paulo relata como a sua perspectiva tinha mudado desde o seu encontro com Cristo na estrada para Damasco e o chamado que recebera para levar a mensagem do evangelho aos gentios.

Por fim, Paulo declara que o impacto do que ele tinha visto (Atos 26:19-23) tinha sido tão grande que não lhe tinha deixado escolha senão obedecer e realizar a sua missão, a única razão pela qual ele estava a ser julgado. A questão por trás da sua prisão, portanto, não era que ele tivesse violado a lei judaica nem profanado o templo; em vez disso, era a sua mensagem sobre a morte e ressurreição de Jesus, que estava em plena harmonia com as Escrituras e permitia aos gentios participar igualmente da salvação.

Leia Atos 26:18. O que acontece com os salvos por Cristo? Experimentou essa realidade?