19.9.18

A Defesa de Paulo – Comentário

O rei Agripa deu então a Paulo a Liberdade de falar por si. …

Paulo relatou outra vez a história da sua conversão, da obstinada incredulidade de um fariseu rígido e fanático à fé em Jesus de Nazaré como o Redentor do mundo. Descreveu a visão celestial que o encheu de indizível terror, e que, mais tarde, porém, provou ser uma fonte da maior consolação – uma revelação da glória divina, no meio da qual estava entronizado. Aquele a quem ele desprezou e odiou, e cujos seguidores tinha procurado até mesmo destruir. E que desde aquele momento, a misericórdia transformadora tinha feito dele um novo homem, um sincero e fervoroso crente em Jesus. …

Porque, perguntou ele, parecia incrível que Cristo ressuscitasse dos mortos? Uma vez assim lhe parecera, mas como poderia descrer então daquilo que ele mesmo tinha visto e ouvido naquela visão ao meio dia? Ele podia dar testemunho da ressurreição dos mortos, pois, tinha contemplado o Cristo crucificado e ressurgido – o mesmo que tinha palmilhado as ruas de Jerusalém, morrido no Calvário, quebrado as ligaduras da morte; e, do Olivete, ascendido ao Céu. … E como poderia ele desobedecer, quando a voz do Céu o tinha enviado para abrir os olhos de judeus e gentios, para que eles se convertessem das trevas para a luz, e da potestade de Satanás para Deus? (Paulo o Apóstolo da Fé e da Coragem, p. 257-259).

Lembrem-se das palavras de Cristo a Seus seguidores: “Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5:14). Deus depende daqueles que conhecem o caminho para mostrá-lo aos outros. Ele confiou aos homens o tesouro da Sua verdade. Precisamos é de fé e confiança em Deus. A graça interior será revelada por ações exteriores. Necessitamos daquele espírito que mostre aos outros que estamos a aprender na escola de Cristo, e que copiamos o Modelo que nos foi dado. … Que a bondade e o amor sejam a norma em seu lar. Quem quer que impeça a luz de brilhar no próprio lar desonra o Salvador.

A verdade como é em Jesus faz muito pelo recebedor, e não apenas por ele, mas por todos os que estão sob a sua esfera de influência. O verdadeiramente convertido é iluminado desde o alto e Cristo habita nele, “uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 14:14). As suas palavras, motivos e ações podem ser mal-interpretados e falsificados, mas ele não se importa com isso porque tem maiores interesses em jogo. Não considera a sua presente conveniência, não ambiciona ostentar-se nem anela o louvor dos homens. A sua esperança está no Céu e mantém-se a avançar para ele com os olhos fixos em Jesus (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 568, 569).

Devem dar a Jesus as melhores e mais santas afeições do coração. Entesourar cada raio de luz. Animar cada anseio do coração em busca de Deus. Cultivar os pensamentos espirituais e a santa comunhão. Vocês não viram senão os primeiros raios do alvorecer de Sua glória. À medida que prosseguirem no conhecimento do Senhor, haverão de ver que Sua saída é como a alva. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 318).