14.8.18

Antioquia da Pisídia: Parte 2

Terça-feira, 14 de Agosto


Atos 13:38 e 39 apresenta a questão da incapacidade da lei para justificar, um importante conceito doutrinário. Apesar do caráter irrevogável dos seus mandamentos morais, a lei é incapaz de justificar porque não pode produzir obediência perfeita naqueles que a observam (Atos 15:10; Romanos 8:3). Todavia, mesmo que ela pudesse produzir em nós obediência perfeita, essa obediência não podia expiar pecados passados (Romanos 3:19; Gálatas 3:10, 11). Por isso, justificação não pode ser obtida por merecimento, nem mesmo parcialmente. Podemos recebê-la apenas pela fé no sacrifício expiatório de Jesus (Romanos 3:28; Gálatas 2:16), um presente que não merecemos. Por mais essencial que seja a obediência para a vida cristã, não podemos obter a salvação através dela.

3. Leia Atos 13:42-49. Como recebeu a sinagoga a mensagem de Paulo?

A. ( ) Muitos aceitaram os ensinos de Paulo, mas os judeus perseguiram-no.

B. ( ) O povo quis apedrejá-lo.

Apesar da maneira dura como que Paulo concluiu a sua mensagem, a reação da maioria na sinagoga foi altamente favorável. Porém, no sábado seguinte, as coisas mudaram drasticamente. Muito provavelmente “os judeus” que estavam a rejeitar a mensagem do evangelho fossem os líderes da sinagoga, os representantes do judaísmo oficial. Lucas atribuiu ao ciúme a atitude impiedosa daqueles homens para com Paulo.

No mundo antigo, diversos aspectos do judaísmo, como o monoteísmo, o estilo de vida e até mesmo o sábado atraíam fortemente os não judeus, e muitos deles uniam-se à fé judaica como prosélitos. A circuncisão, no entanto, era um obstáculo sério, pois era considerada por gregos e romanos como uma prática bárbara e repulsiva. Consequentemente, muitos gentios frequentavam as sinagogas com o intuito de adorar a Deus, mas não chegavam ao ponto de se converter formalmente ao judaísmo. Tais pessoas eram conhecidas como “tementes a Deus”. Provavelmente eles, bem como os prosélitos da sinagoga de Antioquia (Atos 13:16, 43), ajudaram a espalhar a notícia sobre a mensagem de Paulo entre as pessoas em geral, vindo estas em grande número. A possibilidade de experimentar a salvação sem antes ter que se unir ao judaísmo era, sem dúvida, particularmente atrativa para muitos.

Isto pode explicar o ciúme dos líderes judeus. Ao rejeitarem o evangelho, eles não se estavam apenas a excluir da salvação, mas também a libertar Paulo e Barnabé para que voltassem a sua atenção aos gentios, que se alegraram e louvaram a Deus porque Ele os incluíra na salvação.