28.2.18

Os motivos do coração


Quarta-feira, 28 de Fevereiro

Numa lição anterior, mencionamos a história da oferta generosa da viúva pobre. Embora minúscula em comparação com as outras dádivas, a oferta dela foi generosa porque mostrou a verdadeira natureza do seu caráter e coração, o que levou Jesus a dizer: “Esta viúva pobre deu mais do que todos” (Lucas 21:3).

Só Deus (Tiago 4:12) conhece a nossa verdadeira motivação (Provérbios 16:2, veja também 1 Coríntios 4:5). É possível realizar ações certas pelos motivos errados. Doar da abundância que temos não requer muita fé, mas dar, com sacrifício, pelo bem dos outros, revela algo muito poderoso sobre o nosso coração.

6. Leia 2 Coríntios 8:8-15. O que declarou Paulo em relação ao ato de doar e sobre os motivos para fazê-lo? Que princípios de mordomia podemos extrair deste texto?

Seja qual for o seu motivo para doar, ele vai do egoísmo ao altruísmo. A luta entre a avareza e a disposição para doar ocorre com mais frequência do que qualquer outra batalha espiritual. O egoísmo arrefece o coração antes inflamado por Deus. O problema surge quando convivemos pacificamente com o egoísmo na nossa experiência cristã. Ou seja, quando encontramos meios para justificá-lo, inclusive em nome de Cristo.

A conclusão de toda a questão resume-se numa palavra: amor. E o amor não pode ser manifestado sem abnegação, sem disposição de dar de si, ainda que haja sacrifício, para o bem dos outros.

A menos que o amor de Deus seja refletido na nossa vida, a nossa doação não refletirá o Seu amor. Um coração egoísta tende a amar apenas a si mesmo. Devemos pedir ao Senhor que circuncide o nosso coração (Deuteronómio 10:16), para que possamos amar como somos amados.

O amor, o fundamento de toda a verdadeira beneficência, resume toda a benevolência cristã. O amor de Deus para conosco inspira-nos a retribuir esse amor. Ele é verdadeiramente o motivo supremo para o ato de doar.

O que tem de errado uma oferta voluntária, dada mais por obrigação do que por um sentimento de amor?