7.1.18

O evangelho da prosperidade

Domingo, 07 de Janeiro

Um pregador popular de televisão tem uma mensagem simples: Deus quer abençoá-lo, e a prova da Sua bênção é a abundância de bens materiais que possui. Noutras palavras, se for fiel, Deus torna-o rico.

Este pensamento, ou variações dele, tem sido chamado “evangelho da prosperidade”. A sua mensagem é: “Siga a Deus, e Ele o enriquecerá com bens materiais”. Esta ideia não é mais que uma justificativa teológica falsa para o materialismo, pois o que ela realmente está a dizer é o seguinte: “quer ser materialista e sentir-se bem com isso? Bem, temos o ‘evangelho’ para si!”

No entanto, relacionar o evangelho à riqueza garantida é uma ênfase errada. Esta crença cria uma dissonância em relação às Escrituras e reflete uma teologia egocêntrica que não é nada mais do que uma meia-verdade revestida em linguagem bíblica. Na essência desta mentira está a questão central de todos os pecados: o ego e o desejo de agradar a si mesmo acima de todas as outras coisas.

A teologia do evangelho da prosperidade ensina que, ao dar a Deus, recebemos em troca uma garantia de prosperidade material. Mas isto torna Deus uma máquina de venda automática e transforma o nosso relacionamento com Ele apenas um negócio: eu faço isto, e Tu prometes fazer aquilo em troca. Damos, não porque seja a coisa certa a fazer, mas pelo que recebemos em troca.

Este é o evangelho da prosperidade.

1. Leia 2 Coríntios 8:1-7. Que princípios, neste texto, vão contra a ideia do evangelho da prosperidade? O que quis Paulo dizer quando falou do “privilégio de contribuir” (NVI)?

Embora estivessem a viver em “extrema pobreza”, estas pessoas eram muito generosas, doando ainda mais do que podiam (2 Coríntios 8:2; NVI). Textos como este, e muitos outros, refutam a falsa teologia do evangelho da prosperidade, segundo a qual, se estamos a viver corretamente diante de Deus, teremos muitos bens materiais como demonstração disso.

Tem exemplos de pessoas fiéis a Deus, mas que não são ricas em bens materiais? E as que não são fiéis, mas têm prosperidade financeira? O que revela isto sobre o usar a riqueza como indicador das bênçãos de Deus?